A CPMI do 8 de Janeiro deve ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na próxima terça-feira 4. A informação foi confirmada pelo deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da comissão parlamentar.
“Determinei à Secretaria na Mesa que na próxima terça ouviremos o tenente-coronel Mauro Cid e na quinta-feira realizaremos uma sessão deliberativa”, afirmou Maia no final do depoimento do coronel Jean Lawand Júnior, flagrado articulando um golpe de Estado no WhatsApp com Cid.
Na CPMI, o ex-ajudante de ordens terá que explicar diálogos encontrados pela Polícia Federal em seu telefone celular. Nas conversas, o militar discute uma trama golpista que envolveria decretar Estado de Sítio, dissolver a atual composição do Tribunal Superior Eleitoral e prender o ministro Alexandre de Moraes, que preside a Corte Eleitoral.
A convocação foi aprovada em 13 de junho. O militar chegou a pedir ao Supremo Tribunal Federal para não comparecer à comissão, mas teve a solicitação negada pela ministra Cármen Lúcia. Ele terá, contudo, o direito de permanecer em silêncio para não produzir provas contra si mesmo.
Mauro Cid está preso desde o início de maio, acusado de participar de um esquema de falsificação de dados de cartões de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele é suspeito de organizar e operar as alterações, a incluírem os cartões de Bolsonaro e da sua filha Laura.
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