Política
Datafolha: Bolsonaro vai a 24%; Ciro tem 13% e Haddad, 9%
Candidato subiu apenas dois pontos percentuais após ser alvo de um ataque com faca em Juiz de Fora. Pedetista cresce três pontos e petista, cinco


Uma pesquisa Datafolha feita após o ataque com faca à Jair Bolsonaro indica que o candidato à Presidência pelo PSL chegou a 24% das intenções de voto, uma oscilação dentro da margem de erro desde o último levantamento do instituto, divulgado em 22 de agosto, quando registrou 22%. A pesquisa foi revelada pelo Jornal Nacional nesta segunda-feira 10.
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O Datafolha indicou ainda um crescimento de Ciro Gomes na comparação com o levantamento anterior. O candidato do PDT atingiu 13% dos votos. Em agosto, tinha 10%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Na sequência, surgem três candidatos tecnicamente empatados com o pedetista. Marina Silva, da Rede, caiu de 16% para 11%. Geraldo Alckmin, do PSDB, tem 10%. Fernando Haddad, que deve ser oficializado como candidato do PT nesta terça-feira 11, vem na sequência, com 9% dos votos.
Em agosto, o instituto testou também o cenário com Lula, impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral de disputar as eleições com base na Lei da Ficha Limpa. Na ocasião, o petista atingiu 39%. Na sua ausência, Haddad tinha apenas 4%. O virtual candidato à Presidência do PT cresceu, portanto, 5 pontos percentuais.
A pesquisa foi realizada ainda nesta segunda 10, segundo informou Mauro Paulino, diretor do Datafolha.
O levantamento mostra também que Bolsonaro é o candidato com maior rejeição atualmente. Segundo o Datafolha, 43% dizem que não votariam de forma alguma no candidato do PSL. Sua maior rejeição é entre mulheres (49%), entre os mais jovens (55%), entre eleitores com curso superior (48%) e no Nordeste (51%).
Bolsonaro também vai mal nos cenários de segundo turno. Em um confronto com ele, Ciro teria 45%, enquanto Alckmin e Marina registram 43%. O capitão reformado do Exército oscilaria entre 34% e 37% contra o trio. Já Haddad teria 39%, contra 38% do candidato do PSL.
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