Política
Debate do PT em Brasília discute os riscos de uma nova Lava Jato
Sem a presença da cúpula do partido, o evento girou em torno do ex-tesoureiro Delúbio Soares
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Um debate promovido pelo PT na última quinta-feira 31 em Brasília discutiu a possibilidade de surgir uma nova operação Lava Jato contra o partido. O tom do encontro foi de críticas ao Judiciário e às decisões da direção da legenda que em diferentes momentos afastou integrantes em meio a acusações de corrupção.
O evento girou em torno do ex-tesoureiro Delúbio Soares e ocorreu dias após duas vitórias do petista: a anulação da condenação na Lava Jato e a absolvição da denúncia de lavagem de dinheiro no chamado ‘mensalão’.
“Não saí do PT. Eu fui expulso”, disse Delúbio na sede do PT na capital federal, para uma plateia de cerca de 50 pessoas. “Eles achavam que me expulsando, dando a carne aos leões, os leões sossegariam, [mas] leão que come gente não para”.
Sem citar os algozes, como o ex-juiz Sergio Moro, ex-procurador Deltan Dallagnol e ministros do Supremo Tribunal Federal, o ex-tesoureiro afirmou que as condenações “foram para tirar as pessoas de circulação”.
O discurso ocorreu logo após o seu advogado, Pedro Paulo Guerra, dizer que uma nova operação “está sendo gestada” contra o partido.
“Tudo o que aconteceu até hoje, em várias repetições, tendem a acontecer de novo. Todos temos que estar alertas”, declarou o advogado. “Um novo movimento está sendo gestado para acontecer daqui a algum tempo”. O argumento é que forças conservadoras atuariam para impedir avanços progressistas pelo governo do PT.
Também no evento, o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, que chegou a ser detido em operação que investiga superfaturamento em obras do estádio Mané Garrincha, criticou o uso do lawfare como ferramenta para destruir os inimigos.
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