Parlamentares do PSOL solicitaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a suspensão imediata de todas as redes sociais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
O ex-capitão, argumentam, continua a utilizar seus perfis para promover ideias de cunho golpista.
Os postulantes citam como exemplo uma publicação feita pelo ex-presidente no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos terroristas em Brasília.
Bolsonaro publicou um vídeo com teorias conspiratórias acerca das eleições, seguida do texto: ‘Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”; “Lula foi escolhido pelo serviço eleitoral”.
A publicação foi apagada momentos depois da postagem, mas foi printada pelos integrantes da legenda.
“Nota-se, assim, que Jair Messias Bolsonaro mantém inflamada a sua base terrorista”, grafam os postulantes que ainda pedem que o ex-presidente seja investigado e interrogado no âmbito dos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos.
“Os recentes e inaceitáveis atos terroristas e antidemocráticos que tem o objetivo de desestabilizar a democracia brasileira […] confirmam a necessidade de medidas cautelares contra o ex-presidente da República”, grafam os 15 parlamentares da legenda que assinam o documento, entre eles a deputada federal Sâmia Bomfim; o presidente da legenda, Juliano Medeiros; a deputada federal e vice do partido na Câmara, Fernanda Melchionna; a deputada federal Luiza Erundina; e o deputado federal Guilherme Boulos.
A deputada federal Erika Hilton, que integra o quadro de assinaturas do partido, protocolou um pedido similar ao ministro Moraes, onde além da suspensão das redes sociais de Bolsonaro, pede a desmonetização de seu canal no YouTube e a retirada do selo de verificação de seus perfis, com o intuito de reduzir o alcance de suas publicações falsas.
A parlamentar solicita ainda que Moraes determine a retirada das informações de Bolsonaro como presidente da república, que não foram atualizadas desde a eleição e posse de Lula (PT).
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