Política
Eduardo Bolsonaro apoia invasão da embaixada da Venezuela em Brasília
‘Está sendo feito o certo, o justo’, disse o filho do presidente
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/08/Eduardo-Bolsonaro-Embaixada-Foto-Cleia-Viana-Agência-Câmara.png)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) afirmou, na manhã desta quarta-feira 13, que apoia a invasão da embaixada da Venezuela em Brasília. “Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo”, disse em seu Twitter o filho do presidente Jair Bolsonaro.
A Venezuela não tem embaixador no Brasil desde 2016, quando Nicolás Maduro chamou o então representante de seu governo em Brasília de volta a Caracas em protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff. O autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó indicou para o cargo Maria Teresa Belandria, mas ela nunca assumiu o cargo.
“Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada?”, questionou Eduardo.
Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria @matebe ,indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo. pic.twitter.com/nQbTWBr55Q
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) 13 de novembro de 2019
A embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida, na manhã desta quarta-feira, por simpatizantes de Guaidó. De acordo com relatos, 20 venezuelanos pularam o muro e ocuparam as instalações.
A Polícia Militar foi acionada, mas como se trata de um território estrangeiros, não pode retirar os manifestantes. O encarregado de negócios do país no Brasil, Freddy Meregote, enviou áudios para parlamentares e lideranças de movimentos sociais pedindo ajuda.
“Companheiros, informo que pessoas estranhas às nossas instalações estão entrando, estão violentando o território venezuelano. Necessitamos ajuda e uma ativação imediata de todos os movimentos sociais e partidos políticos”, afirmou Meregote em sua mensagem.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.