Política
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, torna público que é gay
‘Eu sou um governador gay. E tenho orgulho disso’, declarou. A notícia repercutiu nas redes sociais
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/02/50933881942_847f7adfd0_k-1.jpg)
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assumiu pela primeira vez em público que é homossexual durante entrevista ao programa Entrevista com Bial, da TV Globo.
“Neste Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que fique claro e não se tenha nada a esconder”, diz Leite na entrevista. “Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um ‘gay governador’, tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um ‘negro presidente’. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso.”
Leite foi eleito no Rio Grande do Sul em 2018 com 53,6% dos votos. Ele tem 36 anos, o que o torna o governador mais jovem em exercício hoje no País. Antes, foi prefeito de Pelotas entre 2013 e 2016 e, antes disso, foi secretário municipal, vereador e presidente da Câmara Municipal na mesma cidade.
Repercussão
A declaração inédita do governador repercutiu nas redes sociais, com elogios à “coragem” do ato.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que deve disputar internamente com Leite quem será o candidato do partido às eleições presidenciais de 2022, afirmou que tem “admiração e respeito” ao colega.
Políticos do campo da oposição, como a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), também publicaram mensagens de apoio ao governador. “No Brasil do ódio e da intolerância, assumir a orientação sexual é um gesto de coragem. Que sejamos livres para ser quem quisermos ser!”, escreveu.
Horas depois da revelação, o governador foi às redes agradecer pelas mensagens de “carinho e apoio” que recebeu. “O amor vai vencer o ódio”.
As inúmeras mensagens de carinho e apoio que estou recebendo me deixam absolutamente seguro: o amor vai vencer o ódio! Muito muito muito obrigado a todos! ❤️
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) July 2, 2021
*Com informações do Estadão Conteúdo
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.