Mais de 80 entidades nacionais e internacionais se uniram contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e pediram apoio internacional contra o ex-capitão. Segundo o colunista Jamil Chade, do UOL, a Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto Vladimir Herzog, Amazon Watch, Conselho Indigenista Missionário, Society for Threatened Peoples e Conectas, entre outras, assinaram o documento apresentado nesta terça-feira 10, em Genebra.
Ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, as entidades afirmam que o Brasil vive graves ataques que “corroem o estado de direito e a democracia no País”. “Chamamos a comunidade internacional a dar urgente atenção e a desenvolver ações incisivas ante esse grave quadro de direitos humanos no Brasil”, pediram.
A denúncia citou diversas ações do governo, em diferentes esferas. O ataque à imprensa, o aumento da desigualdade social, a quebra do laicismo do Estado e a negação de políticas de gênero e de igualdade racial foram mencionados.
Entre as jornalistas citadas estão Constança Rezende, Patricia Campos Mello, Vera Magalhães e Miriam Leitão. “Elas são vítimas de uma campanha de difamação, especialmente através das mídias sociais, que tem sido apoiada publicamente pelo presidente, importantes autoridades e membros do Congresso brasileiro”, declarou.
Apenas em 2019, mais de 35 denúncias internacionais foram apresentadas contra o governo na ONU, o que colabora para a piora da imagem do Brasil diante do mundo.
Em 2020, durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos, os ataques ganharam força, com relatores da ONU, ativistas e indígenas se alternando em duras críticas contra o Brasil.
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