Política

Ernesto Araújo diz que não existe plano B para embaixada dos EUA

Para o chanceler, Eduardo Bolsonaro tem todas as condições de ajudar a construir uma parceria efetiva com os Estados Unidos

Marcelo Camargo /Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O chanceler brasileiro Ernesto Araújo disse que não existe um plano B como alternativa à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, como futuro embaixador do Brasil em Washington. Tudo parece estar pronto, à espera da decisão do pai.

Assim que o presidente Jair Bolsonaro decidir, seu filho será designado o novo embaixador brasileiro em Washington, sem que haja outro nome como alternativa. “No momento, não estamos trabalhando com outro nome, não. Assim que o presidente tomar a decisão final de indicar o deputado Eduardo Bolsonaro, está tudo pronto para fazermos o pedido aos Estados Unidos”, indicou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Eduardo Bolsonaro acompanhou o pai na viagem aos Estados Unidos: intimidade com a família Trump (Foto: Alan Santos/PR)

Araújo considera a indicação como “excelente” porque Eduardo Bolsonaro tem como grande vantagem a proximidade com a família do presidente norte-americano, Donald Trump. E, segundo Araújo, na diplomacia, “o acesso” é algo muito importante porque “um embaixador precisa muito de ser próximo das lideranças do país onde trabalha”.

“Acho que o Eduardo Bolsonaro tem todas as condições de ajudar a construir uma parceria efetiva com os Estados Unidos, uma das nossas prioridades. Com toda a habilidade negociadora, a capacidade política, seria muito bom”, elogiou o chanceler. O ministro confirmou que o Itamaraty preparou uma minuta com o pedido Agrément aos Estados Unidos. O pedido está preparado e será enviado assim que o presidente Jair Bolsonaro decidir se quer mesmo que seu filho seja o embaixador.

“Sinais de Trump”

Indagado pela RFI sobre quanta liberdade teria para substituir o filho do presidente caso Eduardo Bolsonaro não tenha um bom desempenho, sobretudo diante da sua falta de experiência para o cargo, Araújo desconversou. “Eu tenho certeza de que ele terá um excelente desempenho. Então, eu acho que é uma questão que não se coloca”, defendeu.

O ministro garantiu que o governo de Donald Trump já deu sinais a favor da indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro, como embaixador brasileiro em Washington. “O governo dos Estados Unidos já deu todos os sinais de que a ideia seria bem-vinda. Não esperaria nenhum problema com isso”, descartou.

A possibilidade de um dos filhos de Trump, Eric Trump, vir a ser embaixador no Brasil também foi descartada pelo ministro, que, no entanto, gosta da ideia. “Essa possibilidade é uma especulação que eu vi na imprensa. Não me chegou oficialmente algo nesse sentido. Acho que seria algo interessante se isso se materializasse, mas até agora não houve sinalização disso”, apontou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo