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Documentário procura dar visibilidade às detentas, abandonadas pelo Estado e, por vezes, pela própria família

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Com lançamento previsto para maio, o documentário Olha pra Elas, dirigido por Tatiana Sager e Renato Dornelles, expõe a dramática realidade de mulheres encarceradas em Porto Alegre, um enredo de sofrimento, angústia e muita solidão. “Há tempos trabalhamos com a temática do encarceramento no Brasil, mas sentimos a necessidade de dar uma atenção especial para as detentas, porque elas estão sujeitas a provações ainda maiores que as impostas aos presos do sexo masculino, como o abandono familiar”, comenta Sager. “Nosso propósito é mostrar a discriminação, a violência de gênero e tentar tirar a invisibilidade dessas mulheres.”

Os depoimentos se intercalam, em meio a crônicas do cotidiano e desoladoras estatísticas. Quase todas as detentas possuem na família alguma figura masculina envolvida com o crime. A maioria não tem o ensino fundamental completo e somente 11% delas concluíram o Ensino Médio. Sete em cada dez presas são pretas ou pardas. Em situação de vulnerabilidade, a maior parte tem envolvimento com drogas e sofreu violência sexual. Mais de 80% das mulheres encarceradas nasceram e cresceram em áreas periféricas, violentas e carentes do acesso à educação, à saúde e ao lazer.

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