Política

Ex-diretor da Petrobras diz ter pago R$ 20 milhões a Eduardo Campos

Em depoimento da delação premiada, Paulo Roberto Costa afirma que a campanha de reeleição de Campos ao governo de Pernambuco, em 2010, foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras

Fernando Bezerra, citado na Operação Lava Jato como o realizador do intermédio entre Alberto Youssef e a campanha de Eduardo Campos
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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que intermediou o pagamento de 20 milhões de reais para o caixa 2 da campanha do então candidato à reeleição ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, em 2010. A declaração foi dada em depoimento da delação premiada da Operação Lava-Jato e foi realizado entre agosto e setembro, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Campos foi reeleito ao governo com com 80% dos votos. O pagamento da quantia milionária foi feito, segundo o jornal, pelo doleiro Alberto Youssef e com a intermediação de Fernando Bezerra, na época no cargo de secretário de Desenvolvimento do governo do Estado e presidente do Porto de Suape (entre 2007 e 2010), onde foi construída a refinaria. Bezerra foi eleito senador em Pernambuco pelo PSB, mesmo partido de Campos. Em 2011 ele passou a integrar o governo de Dilma Rousseff (PT) como ministro da Integração Nacional, cargo que ocupou até outubro de 2013.

O Estado de S. Paulo ainda informa que Bezerra chamou de “levianas e mentirosas” as declarações do ex-diretor da Petrobras. Segundo ele, essa é uma tentativa de manchar a história do ex-governador e candidato à Presidência Eduardo Campos, morto em agosto em um acidente aéreo na cidade de Santos.

“Na campanha à reeleição de Eduardo Campos, em 2010, Fernando Bezerra Coelho não teve papel de coordenador nem de tesoureiro. Portanto, nunca tratou de doações à campanha com quem quer que seja”, informou em nota a assessoria de Bezerra. “A apuração dos fatos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com absoluta certeza, mostrará que as declarações são caluniosas e que elas têm cunho puramente político.”

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