Exército indica chefe do Comando do Planalto no 8 de Janeiro para vice-chefia do Estado-Maior

O Exército Brasileiro indicou o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes para exercer o cargo de vice-chefe do Estado-Maior da corporação, na semana passada. O militar foi depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os ataques golpistas, mas não ficou entre os 61 indiciados.

A informação foi revelada pela emissora CNN Brasil e confirmada por CartaCapital nesta segunda-feira 30.

Em nota, o Exército lembrou que Dutra exerce a função de 5º Subchefe do Estado-Maior do Exército e que, com as recentes promoções de oficiais-generais, “o militar passou a ser o segundo mais antigo daquele órgão, ascendendo, naturalmente, à função de vice-chefe do Estado-Maior do Exército, conforme o planejamento regular de movimentações da Força”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o poder de barrar a nomeação.

O general Dutra era chefe do Comando Militar do Planalto quando os acampamentos golpistas se formaram em Brasília e durante os ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de Janeiro.

Ele havia sido convocado pela CPMI por suspeitas de omissão diante das articulações da extrema-direita. No entanto, negou ter sido inerte. O militar disse que o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, mandou cancelar uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal que desmobilizaria os acampamentos golpistas, em 29 de dezembro do ano passado.

A relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), incluiu no documento final outros oficiais da ativa e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os alvos dos pedidos de indiciamento. Após a conclusão da comissão, a parlamentar visitou autoridades de diferentes órgãos para entregar o seu relatório.

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