Política
“Existem preconceitos que são benéficos”, defende deputado do PSL
A afirmação do deputado Marcio Gualberto aconteceu em uma sessão que debatia sobre direitos LGBTs
Na última quinta-feira 1, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, os deputados debatiam a concessão do Prêmio Cidadania, Direito e Respeito à Diversidade para o grupo Arco-Íris, que defende os direitos da população LGBT no estado.
O deputado do partido de Jair Bolsonaro, Marcio Gualberto, fez o uso de sua palavra para defender a descriminação contra a população LGBT. “Eu preciso dizer que nem todo preconceito, como nem toda discriminação é maléfica. Precisamos derrubar esses tabus. Existem preconceitos e discriminações que são benéficos”, afirmou o parlamentar sem exemplificar em quais casos isso seria algo positivo.
Alerj, 1º de agosto de 2019:
“Preciso dizer também que nem todo preconceito, como também nem toda discriminação, são maléficos. E nós precisamos derrubar esses tabus. Existem preconceitos e discriminações que são benéficos” – Deputado Márcio Gualberto, PSL. (Via @barreiragabriel) pic.twitter.com/zUtw70K6nw— Cecília Olliveira (@Cecillia) 2 de agosto de 2019
O deputado também defendeu a agenda conservadora que vem sendo colocada em prática no Brasil. “Nossa sociedade, graças a Deus, é conservadora mesmo. E que seja conservadora cada vez mais. Porque ser conservador significa querer a manutenção do que deu certo”.
Gualberto se declara negro, mas é contra a bandeira do movimento. Em outras situações, o parlamentar fez o uso da palavra para atacar ativistas que protestavam na ALERJ o qual o deputado classificou como vandalismo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.