Política
Férias de fim de ano de Bolsonaro custaram mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos
Os dados foram obtidos pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO); o governo levou quase três meses para responder aos requerimentos
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As férias de fim de ano do presidente Jair Bolsonaro custaram mais de 2,4 milhões de reais aos cofres públicos. O chefe do Palácio do Planalto passou o fim de 2020 e o início de 2021 entre Santa Catarina e o litoral de São Paulo.
Os dados sobre os gastos de Bolsonaro foram obtidos pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que solicitou as informações à Secretária-Geral da Presidência e ao Gabinete de Segurança Institucional.
Quase três meses depois de apresentados os requerimentos, vieram as respostas. O ofício n° 152/2021/SG/PR/SG/PR, enviado pela Secretaria-Geral da Presidência, revela que as despesas pagas com cartão corporativo nas férias do ex-capitão chegaram a 1.196.158,40 reais.
Nesse montante estão incluídos os gastos com hospedagem do presidente e de sua comitiva, alimentação e combustível.
Já o ofício n° 57/2021/SE/GSI/GSI/PR, do Gabinete de Segurança Institucional, calcula o custo de 1.053.889,50 reais com manutenção e combustível dos aviões utilizados pela comitiva. A prestação de contas apontou o gasto de 185 mil dólares e a conversão para a moeda brasileira foi feita pelo deputado do PSB. O montante se refere à “locomoção terrestre, aquática e aérea do presidente, sua família, convidados e toda a equipe de profissionais, inclusive da segurança”.
Elias Vaz também pediu ao GSI as informações sobre “o valor total com passagens aéreas e diárias a agentes públicos civis e militares”. Neste caso, o gasto chegou a 202.538,21 reais.
Segundo o parlamentar, o comportamento de Bolsonaro “é um verdadeiro tapa na cara do povo brasileiro”.
“No momento em que o País passa – e já passava – por uma quantidade de mortes absurda, o mundo começava a vacinar e o Brasil não, o fim do auxílio emergencial, enfim, um problema social e sanitário agudo, o presidente consegue tirar férias e ainda ter o absurdo de gastar mais de 2,4 milhões de reais nessas férias com dinheiro público”, criticou Vaz em contato com CartaCapital. “É um grande absurdo, é de indignar a sociedade como um todo”.
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