Gleisi Hoffmann: ‘O Foro de São Paulo não é clandestino’

Questionada sobre a situação da Venezuela e da Nicarágua, a presidenta do PT afirmou que 'a verdadeira ameaça é da extrema-direita'

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em coletiva no Foro de São Paulo. Foto: CartaCapital

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A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a existência do Foro de São Paulo e afirmou que o grupo “não é clandestino”, em declaração à imprensa no Hotel San Marco, local do encontro entre representantes de partidos de esquerda de todo o mundo, sobretudo da América Latina.

“O Foro de São Paulo é uma organização que existe desde 1990, que foi composta com os partidos da esquerda e da centro-esquerda da América Latina e outros partidos do mundo que participam também”, afirmou.

A petista frisou que a organização tem o objetivo de “discutir a participação democrática e popular da esquerda no processo eleitoral dos países”. Além disso, ressaltou a necessidade de união das legendas em torno de bandeiras como o combate à desigualdade e o desenvolvimento sustentável.

Questionada por CartaCapital sobre como o PT pretende contribuir com as discussões sobre a situação da Nicarágua e da Venezuela, cujos governos recebem críticas por prática de autoritarismo, Gleisi Hoffmann disse que a principal ameaça atual à democracia é a extrema-direita.

“O Foro de São Paulo é um foro que preza e defende a democracia. Nós nunca tivemos ameaça à democracia por parte da esquerda. E nem da direita. A verdadeira ameaça à democracia que nós estamos vivendo é da extrema-direita”, disse. “É muito importante que a gente se organize para enfrentar a extrema-direita.”

A presidenta do PT prosseguiu: “Em relação a países que podem apresentar seus problemas internos ou externos, nós nos dispomos sempre ao diálogo e à mediação para resolver esses problemas, e sempre de maneira franca, fraterna, entre aqueles que convivem no Foro”.


A abertura do evento, nesta quinta-feira 29, contou com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma plateia de representantes de cerca de 150 organizações políticas, entre elas forças políticas da Venezuela e de Cuba.

Estavam presentes, por exemplo, figuras como Adam Chávez, irmão do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, e a ministra dos Povos Indígenas do governo de Nicolás Maduro, Clara Vidal.

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