CartaExpressa
Homem que ameaçou ministros do STF pede para trabalhar na prisão; Moraes quer ouvir a PGR
Ivan Pinto foi preso em 2022, após publicar mensagens nas quais ameaçou e sugeriu ‘mandar pra vala’ integrantes da Corte e o presidente Lula
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pediu que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em até cinco dias sobre autorizar o bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso por ameaçar ministros da Corte, a trabalhar na unidade prisional onde está detido.
Ele foi preso em julho de 2022, após publicar mensagens nas quais ameaçou e sugeriu “mandar pra vala” integrantes do STF e políticos de esquerda, a exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A solicitação feita à PGR é praxe. O pedido para desempenhar atividades de trabalho na prisão foi apresentado pela defesa de Ivan Rejane em 10 de julho.
Além do despacho enviado ao MPF nesta quinta-feira 20, Moraes solicitou que a administração do presídio se manifeste sobre o caso.
Em junho, o magistrado decidiu manter o bolsonarista preso por entender que a detenção seria “a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
MP denuncia bolsonarista que ameaçou Zanin em aeroporto de Brasília
Por Wendal Carmo
Empresa que ameaçou cortes em caso de vitória de Lula é condenada por assédio eleitoral
Por CartaCapital