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Jabuticaba ambiental

A perfuração de poços na foz do Amazonas expõe as contradições da sustentabilidade à brasileira

Imagem: iStockphoto
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Ao lado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, durante o lançamento do Plano de Transição Ecológica pelo governo, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou ao mundo um neologismo ao saudar o “ganho extraordinário de ver desenvolvimento e sustentabilidade no novo PAC”, outro programa lançado em agosto, e elogiar aquilo que qualificou como mudança no modo de pensar do País: “O Brasil não é mais desenvolvimentista. É sustentabilista”. A nova palavra é interessante, mas busca moldar um conceito de difícil aplicação no mundo real. Marina acabou por expor uma importante contradição vivida pelo governo Lula: como atender aos compromissos ambientais e iniciar a prometida transição energética sem comprometer o necessário desenvolvimento econômico do País?

O debate não é novo e passa, antes de tudo, pela decisão sobre o que fazer com a exploração de petróleo e gás. Trata-se de uma guerra de ideias relacionada ao que cada um pensa como projeto de ­País, mas uma importante batalha – com chance de trazer sequelas ao governo –, que começará a ser travada nos próximos dias em torno da polêmica exploração de poços de petróleo em alto-mar, em uma região próxima à foz do Rio Amazonas.

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