Justiça acata denúncia e militares viram réus em caso dos 80 tiros

Os militares — um 2º tenente, um 3º sargento, dois cabos e oito soldados — vão responder por duplo homicídio e omissão de socorro

Evaldo Rosa dos Santos. Foto: Reprodução

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A juíza Mariana Queiroz Aquino, da 1ª auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, tornou réus doze militares envolvidos no assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo. O caso ficou conhecido na imprensa como ’80 tiros’.

 

Os militares — um 2º tenente, um 3º sargento, dois cabos e oito soldados — vão responder por duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.

O crime ocorreu no dia 7 de maio, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. A decisão acata denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar na sexta-feira 10. De acordo com a denúncia do MP Militar, o veículo conduzido por Evaldo teria sido “confundido” com outro, supostamente envolvido em um assalto. Foram disparados, segundo a perícia que integra o processo, mais de 257 tiros de fuzil e de pistola — 67 atingiram o carro de Evaldo, que voltava com a família de uma festa.

Evaldo foi atingido por oito disparos e morreu na hora. O sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, ficou ferido na ação. Numsegundo momento, o catador Luciano tentou ajudar a família que estava dentro do carro e foi atindigido pelos disparos. Mesmo vendo o homem ferido, alega o MP, os militares não prestaram socorro.

 


 

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