Justiça dá três dias para governo e Petrobras explicarem mega-aumento dos combustíveis

No pedido avaliado são mencionados o presidente Jair Bolsonaro, a Advocacia Geral da União e o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna

Jair Bolsonaro e o general Silva e Luna. Foto: Mauro PIMENTEL/AFP

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A juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal do Distrito Federal, estabeleceu nesta sexta-feira 11 o prazo de 72 horas para o governo de Jair Bolsonaro e a Petrobras explicarem o mega-aumento nos preços dos combustíveis anunciado na quinta 10.

Nolasco se manifestou no âmbito de um pedido de suspensão apresentado pela Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos (SP) e pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Jundiaí (SP).

No pedido avaliado pela Justiça, são mencionados o presidente Jair Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União e o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna.

A partir desta sexta, os brasileiros têm de enfrentar uma alta de 18,8% na gasolina, de 24,9% no diesel e de 16,1% no gás de cozinha vendidos às distribuidoras.

O aumento ocorre em meio ao impacto de uma galopante inflação. O IBGE divulgou nesta sexta o IPCA de fevereiro, que avançou 1,01%, a maior taxa para o mês desde 2015. No acumulado de 12 meses, a alta é de 10,54%.

Em 12 meses, a gasolina acumula alta de 32,62%. Dispararam também o diesel (40,54%), o etanol (36,17%) e o gás de botijão (27,63%).


A tendência, no caso dos combustíveis e dos alimentos, ainda é de sensível piora, já que os dados publicados pelo IBGE não refletem o mega-aumento anunciado nesta semana pela Petrobras.

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