Política

Lewandowski nega pedido de Mayra Pinheiro, a ‘capitã cloroquina’, para ficar em silêncio na CPI

‘O fato de a paciente não responder a qualquer procedimento criminal (…) retira qualquer credibilidade ao receio por ela manifestado’

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde Foto: Alan Santosl/PR
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou nesta quarta-feira 18 um pedido da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’, para ficar em silêncio da CPI da Covid.

Na solicitação ao STF, ela alegou ‘temor’ em razão de suposta ‘agressividade’ dos senadores ao inquirir os depoentes da comissão. Sua oitiva na CPI está marcada para as 9h desta quinta-feira 20.

habeas corpus foi impetrado na corte na noite deste domingo 16, dois dias após Lewandowski garantir que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello possa ficar calado durante o depoimento à CPI, nesta quarta-feira, no caso de perguntas que possam incriminá-lo.

Ao rejeitar o HC de Mayra Pinheiro Lewandowski argumentou que “o fato de a paciente não responder a qualquer procedimento criminal, ou mesmo administrativo, quanto aos assuntos investigados pela CPI, retira qualquer credibilidade ao receio por ela manifestado de que possa sofrer consequências adversas ao responder a determinadas perguntas dos parlamentares”.

“Por isso, na condição de testemunha, ela estará obrigada a revelar tudo o que souber ou tiver ciência acerca dos fatos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Covid-19”, acrescentou.

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