Política

Lula: ‘Cada gesto meu é na perspectiva de mostrar que quero ganhar no primeiro turno’

Ex-presidente celebrou o apoio recebido de antigos adversários eleitorais nesta segunda-feira

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) reafirmou nesta segunda-feira 19 que deseja vencer as eleições no primeiro turno. Segundo destacou, ele tem feito toda ação possível para sacramentar a derrota de Jair Bolsonaro (PL) já no dia 2 de outubro.

Na declaração, que ocorreu minutos após receber o apoio de oito ex-candidatos ao Planalto, o petista ainda lamentou que adversários tenham se esforçado mais em impedir que ele vença no primeiro turno do que na derrota do ex-capitão.

“Até agora só ganhei no segundo turno, não que eu goste de segundo, sempre trabalhei pra ganhar no primeiro, mas sempre havia alguém que não deixava”, destacou Lula quase ao fim do seu discurso. “Cada gesto meu é na perspectiva de mostrar pra sociedade que eu quero ganhar no primeiro turno”.

No evento, o petista recebeu o apoio de ex-candidatos ao Planalto em outras eleições. Nomes como Marina Silva, Guilherme Boulos, Luciana Genro, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, que já estavam integrados na campanha, reforçaram suas posições. Os outros participantes são os recém-chegados Henrique Meirelles, Cristovam Buarque e João Vicente Goulart, que se comprometeram a buscar novos eleitores para o petista.

“Mas essa é uma eleição atípica, porque os outros candidatos estão numa briga contra mim até maior do que com o próprio presidente da República. Porque eles não querem que eu ganhe no primeiro turno”, reforçou. “Tem duas brigas: um lado para ganhar do Bolsonaro e outro pra não deixar eu ganhar no primeiro turno”, completou Lula. “E eu quero ganhar”.

No discurso, Lula ainda tratou de reassumir compromissos com pautas econômicas e ambientais. Tornou também a dizer que vai recriar alguns ministérios em caso de novo governo, citando o exemplo da pasta que deve focar nos Povos Originários, e cobrou que aliados parem de tratar políticas sociais e educacionais como ‘gastos’ e passem a chamar os itens como ‘investimentos’.

“Essa reunião simboliza a reconstrução do Brasil”, resumiu o ex-presidente, que repetiu em diversas ocasiões que há uma necessidade de reconstrução total do País. “É quase uma política de terra arrasada”.

Ao fazer a projeção de um novo governo, disse então que pretende contar com os novos aliados não apenas na questão eleitoral, para vencer no primeiro turno, mas também na construção das políticas públicas em 2023.“Hoje vocês assumem um compromisso, não com Lula, mas um compromisso de que o país vai voltar a viver democraticamente e participar das decisões”.

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