Política
Lula celebra apoio no 2º turno e diz que PDT e Ciro ‘valem muito mais que os votos que tiveram’
O petista enalteceu sua relação com o ex-presidenciável e minimizou os ataques desferidos ao longo da campanha
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O ex-presidente Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto, agradeceu nesta quarta-feira 5 ao PDT pelo apoio no segundo turno, a ser disputado contra Jair Bolsonaro (PL) em 30 de outubro.
Na terça 4, o petista recebeu o endosso institucional do PDT e um aceno tímido de Ciro Gomes. Enquanto o anúncio da legenda apresentou até uma espécie de slogan – “12 + 1” -, o comunicado do ex-presidenciável sequer mencionou o nome de Lula.
“O PDT e o Ciro valem muito mais que os votos que tiveram. Valem pela história, pelo compromisso, pelas coisas que já fizeram pelo Brasil. Estou muito agradecido”, disse Lula ao lado do presidente do PDT, Carlos Lupi.
Em 2 de outubro, Ciro foi escolhido por 3.599.287 eleitores. Lula liderou com 57.259.504, à frente dos 51.072.345 de Bolsonaro.
O ex-presidente também enalteceu sua relação com Ciro e minimizou os ataques desferidos ao longo da campanha no primeiro turno.
“Ele foi meu ministro, almoçamos juntos, bebemos juntos, jogamos bola juntos. O Ciro é uma pessoa às vezes pessoalmente muito diferente do que ele é no palco de luta. Todos nós, quando disputamos a eleição, às vezes viramos artista, fazemos tipo, fazemos coisa que não faz na vida normal.”
Lula reforçou ter confiança de que “vamos ganhar as eleições” e de que sua candidatura aumentará “e muito a diferença” sobre Bolsonaro no segundo turno.
Na véspera, ao anunciar que seguirá a decisão do PDT de apoiar Lula contra Bolsonaro, Ciro não citou o nome do petista.
“Gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do PDT [de apoiar Lula no segundo turno]. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que restem aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias”, disse Ciro em um vídeo publicado nas redes sociais.
O pedetista ainda disse que, apesar de uma “campanha violenta” da qual teria sido vítima, nunca se ausentou “da luta pelo Brasil”. E emendou: “Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia. Mas, se não houver uma busca efetiva de novos ares e instrumentos, estaremos à mercê de um respirador artificial frágil e precário”.
Nesta quarta, Lula também deve receber o apoio da senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno.
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