Mundo
Lula deve se reunir com papa Francisco no Vaticano
Ex-presidente deverá ficar fora do país entre os dias 12 e 15 de fevereiro; encontro com o pontífice será no dia 13
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/09/Lula-_-Ricardo-Stuckert.jpg)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um encontro marcado com o papa Francisco na próxima quinta-feira 13, no Vaticano. Lula, que no momento responde em liberdade enquanto aguarda o resultado de um recurso contra a pena por corrupção, estará fora do país entre os dias 12 e 15 de fevereiro.
Por conta da viagem, Lula solicitou o adiamento de seu depoimento em uma audiência judicial referente à operação Zelotes, que aconteceria no próximo dia 11. A 10ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal informou que “o pedido está em análise”.
Esse interrogatório faz parte da operação Zelotes, na qual Lula é acusado de “corrupção passiva” por suposta participação na venda de uma medida provisória que prorrogaria a validade dos incentivos fiscais para as montadoras, favorecendo o setor automobilístico.
https://twitter.com/LulaOficial/status/1225069159651905544
Influência argentina
O encontro entre o ex-presidente brasileiro e o pontífice católico foi intermediado pelo atual presidente argentino, Alberto Fernandéz, que encontrou com o líder máximo da Igreja Católica no fim de janeiro.
“O Lula me pediu para ver o Papa. E eu pedi (ao Papa) se ele podia receber o Lula. E ele (o Papa) me disse que ‘claro’ e que (o Lula) lhe escrevesse porque ele (o Papa), com todo prazer, o receberá”, revelou Fernandéz.
Na ocasião, Fernández também indicou que o assunto sobre uma visita de Lula ao Vaticano surgiu quando os dois, Alberto Fernández e Papa Francisco, tocaram no assunto sobre “lawfare”, termo usado para definir uma guerra judiciária para intervir na política e para destruir adversários.
*Com informações de AFP e RFI
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.