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Lula lança Conselho da Federação e diz que política envolve ‘fazer concessão’

Em evento, o presidente também chamou de ‘genocídio’ o conflito em curso entre Israel e o Hamas

Geraldo Alckmin e Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) instalou, nesta quarta-feira 25, o Conselho da Federação, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto com a participação dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além de prefeitos e governadores.

A instância tem como objetivo integrar representantes dos governos federal, estaduais e municipais. A ideia é que o conselho facilite a negociação de estratégias entre os mandatários.

No discurso de lançamento, Lula destacou a necessidade de negociação entre políticos de diferentes matizes. “Fazer política é um processo sistemático de a gente fazer concessão, de a gente conquistar, de a gente conversar. Nós temos um tipo de político no País que só sabe fazer política se ele tiver um inimigo”, destacou Lula.

“Este País não pode ser administrado por alguém que se nega a conversar com alguém que não pensa como ele. Este País não pode ser governado por alguém que tem uma preferência religiosa e nega as outras”, prosseguiu o petista, em alusão ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Lula avaliou, ainda, que os problemas locais devem ser tratados como desafios nacionais. O presidente fez referência à seca na Amazônia e aos casos recentes de violência no Rio de Janeiro.

Conflito entre Israel e Hamas

No início do discurso, Lula abordou o novo conflito entre Israel e o Hamas, deflagrado em 7 de outubro. O presidente disse que teria, ainda na manhã desta quarta, uma reunião por telefone com o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. Lula tenta articular com o Catar a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, para que seja liberada a saída de brasileiros do enclave.

“É muito grave o que está acontecendo, neste momento, no Oriente Médio. […] Não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase duas mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra”, afirmou Lula.

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