Lula tem o apoio incondicional da França, diz Macron; veja reações internacionais ao terrrorismo no DF

Chefes de Estado repudiam 'tentativa de golpe de Estado' em Brasília neste domingo 8

Lula e Emmanuel Macron. Foto: Ricardo Stuckert

Apoie Siga-nos no

Chefes de Estado de diversos países repudiaram a ação terrorista de bolsonaristas que invadiram áreas do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal na tarde deste domingo 8.

Em reação ao movimento golpista desta tarde, o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na Segurança do Distrito Federal.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, qualificou como “ultrajante” o ataque.

“Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com Lula”, escreveu o democrata.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o petista “pode contar com o apoio incondicional da França”. O mandatário ainda declarou que “a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas”.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também ofereceu “apoio incondicional” a Lula “frente a esta tentativa de golpe de Estado”.


“A democracia é o único sistema político que garante liberdades e nos obriga a respeitar o veredito popular”, prosseguiu. “Estamos com o povo brasileiro para defender a democracia e não permitir nunca mais a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita.”

O presidente do Chile, Gabriel Boric, criticou o terrorismo bolsonarista. “O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia”, afirmou.

Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou que “o fascismo decide dar um golpe”, que “as direitas não conseguiram manter o pacto de não-violência” e que “é hora urgente de reunião da OEA [Organização dos Estados Americaos], se ela quiser se manter viva como instituição”.

Pelas redes sociais, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, disse “lamentar e condenar as ações realizadas no Brasil que ameaçam a democracia e as instituições”.

Outro a se manifestar foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a fim de “rejeitar categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse condenar “o ataque às instituições democráticas do Brasil”.

“A vontade do povo brasileiro e das instituições do País deve ser respeitada”, prosseguiu. “Estou confiante de que assim será. O Brasil é um grande País democrático.”

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.