Mandetta admite possibilidade de se candidatar a presidente em 2022

Ex-ministro da Saúde criticou 'polarização' e defendeu formação de um 'centro bacana' para 'promover revolução'

O ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta. Foto: Rodrigo Nunes/MS

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta admitiu a possibilidade de se candidatar a presidente da República nas eleições de 2022. A declaração ocorreu durante entrevista ao programa Ponto a Ponto, da emissora BandNews TV, em edição exibida na quarta-feira 22.

“Em 2022, eu vou estar em praça pública, lutando por algo que eu acredito”, afirmou Mandetta. “Se o Democratas acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o meu caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou.”

Perguntado sobre possível candidatura, Mandetta afirmou cogitar a Presidência da República, entre outros cargos.

“A presidente, a vice-presidente. No meu estado aqui, vai ter eleição de governador, de vice-governador, de senador. Uma coisa eu sei, como deputado federal eu já dei a minha colaboração. Adoro a Câmara, fiz dois mandatos, não quis disputar o último, dei a minha cota, para mim estava bom. Eu não tinha nem interesse, nem sabia dessa história de ministério [da Saúde]”, declarou.

Mandetta disse ainda rejeitar o que chamou de “polarização” e defendeu um “grande acordo por um centro democrático” para “promover uma revolução”.


“Não por esse centro fisiológico aí, que está fazendo essa nova base de sustentação. Um centro bacana, que a gente respeite as individualidades. Que não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hétero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Tudo você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais e promover uma revolução de uma década, porque essa, de 2010 a 2020, foi jogada na lata no lixo”, disse.

Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde em 16 de abril, em plena pandemia do novo coronavírus, por discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro em relação ao gerenciamento da crise sanitária. Atualmente, é crítico ao governo que aceitou compor. Em entrevista à revista IstoÉ, concordou com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou que a atual gestão do Ministério da Saúde está se associando a um genocídio.

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