A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, assumiu formalmente o cargo nesta quarta-feira 4, em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Ela é a primeira mulher a ocupar o posto, número dois na linha de comando da pasta.
Em seu discurso, afirmou ser necessário garantir que o Itamaraty seja “um ator engajado, em parceria com outros órgãos e com a sociedade civil, para ampliar o número de mulheres, negras e negros, pessoas menos favorecidas e candidatos de todas as regiões do país recrutados para as nossas carreiras”.
Ela disse que pretende recriar o Comitê de Raça e Gênero, extinto na gestão anterior.
“É um primeiro passo importante para que essas questões se tornem realmente transversais no governo, para que o Itamaraty, instituição pioneira na ação afirmativa para ampliar a representação regional e para apoiar as brasileiras e brasileiros negras e negros no ingresso na carreira, continue na vanguarda dessa causa.”
Rocha está na carreira diplomática desde 1978 e trabalhava como embaixadora do Brasil na Romênia. Entre 2008 e 2011, foi chefe de Gabinete do Ministério das Relações Exteriores.
Ela trabalhou também como ministra-conselheira na Embaixada em Paris e como representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Além disso, foi delegada permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Na última segunda-feira 2, o diplomata Mauro Vieira assumiu oficialmente o comando do Ministério das Relações Exteriores. Na ocasião, afirmou ter pela frente “uma monumental tarefa de reconstruir o nosso patrimônio diplomático”.
O Itamaraty terá um papel fundamental na nova gestão e deverá recuperar a imagem do Brasil no cenário internacional após quatro anos de Jair Bolsonaro (PL) no poder. Alçado à condição de pária ambiental, o País tentará retomar o protagonismo no enfrentamento às mudanças climáticas.
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