Justiça

Moraes autoriza depoimento de Mauro Cid à CPI dos Atos Golpistas no DF

O ministro do STF também acolheu outros pedidos de oitivas. Os depoentes, porém, podem permanecer em silêncio

Foto: Alan Santos / PR
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), a prestar depoimento à CPI que investiga os atos golpistas de 8 de Janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Na decisão, o magistrado ainda avalizou as oitivas dos bolsonaristas Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa, acusados de planejar um ataque a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro passado.

Além deles, Moraes liberou os depoimentos de policiais militares presos por envolvimento na invasão das sedes dos Três Poderes, a exemplo de Flávio Silvestre Alencar.

O ministro rejeitou, porém, o pedido da CPI para ouvir Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado derrubando e destruindo o relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto.

Segundo Moraes, o bolsonarista está detido em um presídio de Uberlândia (MG) e sua participação seria inviável.

A CPI pediu a autorização ao Supremo na noite de quarta-feira para evitar o que aconteceu há algumas semanas, quando os parlamentares não conseguiram ouvir o indígena bolsonarista José Acácio Sererê Xavante, porque não houve autorização em tempo hábil.

No documento, o ministro determinou que a CPI garanta o direito ao silêncio dos depoentes e solicitou que as datas das sessões sejam previamente agendadas com as unidades prisionais.

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