Moraes manda soltar 4 presos por fraude em cartões de vacina

Em 9 de setembro, o ministro do STF já havia tirado da prisão o tenente-coronel Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, em julgamento sobre o 8 de Janeiro. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça-feira 19 a libertação de quatro investigados no caso de possível fraude em cartões de vacinação, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Deixarão a prisão:

  • o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, integrante da Ajudância de Ordens de Bolsonaro;
  • o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, candidato a deputado pelo PL em 2022;
  • o capitão da reserva do Exército Sérgio Rocha Cordeiro, assessor especial da Presidência sob Bolsonaro; e
  • o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Sousa Brecha.

Os quatro, no entanto, terão de cumprir medidas cautelares, entre elas:

  • recolhimento domiciliar noturno e uso de tornozeleira eletrônica;
  • obrigação de se apresentar a um juiz todas as segundas-feiras;
  • proibição de deixar o País, além da entrega de passaportes, os quais serão cancelados;
  • suspensão de porte de arma de fogo;
  • proibição de acessar redes sociais; e
  • proibição de se comunicar com os demais envolvidos, por qualquer meio.

Em 9 de setembro, o tenente-coronel Mauro Cid também foi solto. Ele estava preso desde o início de maio, acusado de envolvimento na fraude em cartões de vacinação.

Relembre a operação

A Polícia Federal deflagrou em 3 de maio a Operação Venire, a fim de investigar a suposta prática de inserção de dados falsos de vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Agentes fizeram buscas na casa de Jair Bolsonaro e apreenderam seu celular.

As investigações apontaram que os dados de vacinação do ex-presidente, da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, da filha do casal Laura Bolsonaro e de Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, teriam sido fraudados.


A PF cumpriu seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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