Política

Mourão diz que não há problema em ministro do MEC continuar governo: ‘Por enquanto, são indícios’

Vice-presidente minimizou suspeitas de tráfico de influência por atuação de pastores sem cargo no governo

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta quarta-feira as suspeitas de tráfico de influência no Ministério da Educação e disse que, por enquanto, não há motivo para o ministro Milton Ribeiro. De acordo com Mourão, por enquanto só há “indícios” que precisam ser comprovados.

“Enquanto não houver um esclarecimento bom a respeito disso aí, acho que não há problema dele continuar no governo, até pela forma como o ministro se comporta. Eu tenho profundo respeito por ele”, disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.

Sem cargos públicos, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura atuam como assessores informais do Ministério da Educação, intermediando reuniões com gestores municipais, conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”.

Questionado se isso não causava estranheza, o vice-presidente disse que é preciso confirmar a atuação deles.

“Eu não sei desse assunto. Isso aí tudo por enquanto são indícios. Quando se confirmar, a gente pode tomar uma posição mais clara”, afirmou.

Sobre a gravação em que Ribeiro afirma que houve um “pedido especial” de Bolsonaro para atender aos pleitos do pastor Gilmar Santos, Mourão disse que é preciso saber se houve uma edição. O áudio foi divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

“Uma gravação, né? Você não sabe se aquilo está editado se não está editado. Então a gente não pode, a priori, chegar emitir um juízo de valor”, concluiu o vice.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo