MPF investiga relação entre ataques a torres de energia e atos golpistas

O órgão solicitou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica

Joia. A Eletrobras, maior holding de energia da América Latina, lucrou 5,7 bilhões no ano passado e 2,7 bilhões no primeiro trimestre - Imagem: iStockphoto

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O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre eventual relação entre os ataques a torres de transmissão de energia elétrica e as ações golpistas executadas em Brasília, em 8 de janeiro, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O procurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, encaminhou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica solicitando informações e “eventuais elementos de prova”.

Segundo o MPF, há duas investigações sobre os casos na 1ª instância. No Paraná, há um inquérito policial para apurar a derrubada de uma torre de transmissão. Em Rondônia, o órgão instaurou uma notícia de fato sobre ocorrências em Rolim de Moura, Itapuã do Oeste e Vilhena.

Na terça-feira 17, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo federal deseja a instalação de câmeras de segurança e o uso de drones a fim de reforçar a segurança de torres de transmissão de energia.

Silveira participou de uma reunião com representantes de empresas do setor, da Aneel e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

“Esta reunião serviu para discutirmos questões fundamentais para a modernização da segurança do sistema de transmissão nacional. Há uma boa vontade muito grande de todos os players do sistema, com implantação de videomonitoramento, com implantação de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos”, afirmou o ministro a jornalistas.


O ONS, entidade responsável pela coordenação e pelo controle das instalações de fornecimento de energia, registrou mais um desligamento de linha de transmissão no Brasil, desta vez em Rondônia, no sábado 14, às 18h43. Segundo o órgão, não houve impactos no atendimento do Sistema Interligado Nacional.

A causa está em apuração, mas há indício de vandalismo, de acordo com o proprietário. Caso o ataque seja confirmado, será o quinto no Brasil desde 8 de janeiro.

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