Política

Na mira da PF, Bolsonaro usa evento conservador para criticar imprensa e o PT

Um dos destaques do evento, o presidente argentino Javier Milei deve discursar no domingo

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sa/AFP
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou comentar seu indiciamento pela Polícia Federal e aproveitou sua fala durante a abertura do fórum conservador CPAC Brasil, realizado neste fim de semana em Balneário Camboriú (SC), para fazer críticas à imprensa e ao PT.

“Se acha que vão me desgastar, as redes sociais nos deram a liberdade. Será a maior audiência da história dessa televisão”, disse. “A imprensa que me critica, a grande imprensa, mais uma vez estou à disposição de vocês, para duas horas ao vivo ser sabatinado sobre qualquer coisa”, afirmou neste sábado 6.

A Polícia Federal entregou, nesta sexta-feira 5, ao Supremo Tribunal Federal o relatório que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas no caso das joias sauditas. A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro.

Evitando comentar sobre sua situação na Polícia Federal, ele ainda atacou o PT, legenda do presidente Lula, chamando de “Partido do Trambique”. “Não tenho ambição pelo poder. Eu tenho uma obsessão pelo nosso Brasil”, completou Jair Bolsonaro.

Além de Bolsonaro, um dos destaques do evento é o presidente argentino Javier Milei, que deve discursar no domingo 7. Para comparecer ao evento, Milei recusou participar da cúpula do Mercosul na cidade paraguaia de Assunção.

Importado dos Estados Unidos, o CPAC (Conservative Political Action Conference) é organizado pelo Instituto Conservador Liberal (ICL), presidido no Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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