Política

Na reta final, Bolsonaro tenta ligar o PT a supostas irregularidade em propagandas de rádio

Aliados do ex-capitão entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral uma suposta auditoria em que detalha a denúncia

Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) associou, nesta quarta-feira 26, o PT ao caso das inserções da sua campanha que supostamente deixaram de ser veiculadas em rádios, em especial do Nordeste. Aliados do ex-capitão entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral uma suposta auditoria em que detalha a denúncia.

O TSE chegou a exonerar, nesta semana, Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria Geral da Presidência, que seria responsável pelo recebimento dos arquivos das propagandas eleitorais.

“Sou vítima mais uma vez. Onde poderia chegar as nossas propostas, nada chegou”, discursou Bolsonaro em comício em Teófilo Otoni (MG). “Não será demitindo um servidor que o TSE vai botar uma pedra nessa situação, Aí tem dedo do PT. O que foi feito é interferência e manipulação”.

O PT, conforme mostrou CartaCapital, espera uma avalanche de fake news contra o partido nos últimos dias de campanha. Seria, na avaliação de petistas, a única arma da campanha adversária nesta reta final da eleição.

O ex-capitão aparece em desvantagem em todas as pesquisas dos principais institutos do País. A distância de Lula para o adversário varia de 6 a 7 pontos percentuais nos votos totais.

“Uma das prioridades da semana é acionar tudo o que for necessário a Justiça Eleitoral para tentar conter essa grande operação”, afirmou o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP). “Mas também vacinar a população brasileira sobre os absurdos que virão de fake news nos próximos dias”.

O parlamentar não descarta que, dado o cenário de favoritismo de Lula a quatro dias do pleito, a campanha de Bolsonaro receba ajuda de aliados da extrema-direita internacional.

“A extrema direita brasileira, aliada com a extrema direita internacional, prepara a maior operação de desestabilização de uma eleição que se tem registro na história”, diz. “Eles enxergam o Brasil como um caso”.

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