Política

‘Não permitiremos a subversão do processo eleitoral’, reforça Fachin em meio a ataques de Bolsonaro

O presidente do TSE voltou a defender a atuação da Justiça Eleitoral: ‘Diálogo, sim. Joelhos dobrados, jamais’

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, voltou a defender a atuação da Justiça ante ataques ao sistema eletrônico de votação. O ministro declarou, nesta sexta-feira 13, que não permitirá “a subversão do processo eleitoral”.

Fachin não mencionou diretamente o presidente Jair Bolsonaro, que dobrou a aposta em declarações que tentam deslegitimar as eleições. Cobrou, porém, que “todos os Poderes digam, sem subterfúgios, que vão respeitar o processo eleitoral de outubro de 2022”.

A nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral. E digo, para que não tenham dúvida: para remover a Justiça Eleitoral de suas funções, terão que antes remover este presidente da sua presidência”, disse Fachin durante o Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador.

E completou: “Diálogo, sim. Joelhos dobrados, jamais”.

Nas últimas semanas, Bolsonaro chegou a sugerir que militares fizessem uma apuração paralela dos votos. Na ocasião, repetiu fake news de que os votos seriam contados em uma “sala secreta”, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘Olha, quem ganhou foi esse’”.

Na quinta-feira 12, Fachin reafirmou que o Brasil terá eleições limpas e que “ninguém e nada interferirá” no processo. Ele disse ainda que “quem trata de eleição são forças desarmadas”. Horas depois, em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro criticou Fachin e disse não saber “de onde ele está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral”.

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