O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira 4 que a tendência é de seu partido compor a base de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. A bancada pedetista começará a legislatura com 17 deputados e 3 senadores.
No primeiro turno, o candidato pedetista à Presidência, Ciro Gomes, recebeu 3% dos votos válidos e terminou a disputa em quarto lugar, atrás de Lula, Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB).
“Não tivemos a reunião ainda, mas não vejo como a gente não estar na base do governo”, afirmou Lupi a CartaCapital..
Segundo o pedetista, seu partido não fez “qualquer exigência ou condição” para se aliar a Lula no segundo turno.
“Nem sequer foi ventilada qualquer proposta de qualquer cargo. Temos de apoiar o governo neste momento, pela gravidade que o País vive. Temos de sair dessa divisão de brasileiros, construir um Brasil para todos, incluindo até aqueles que não conseguem entender a gente.”
Questionado sobre a chance de o PDT pleitear uma vaga em um dos ministérios de Lula, Lupi afirmou que o novo presidente “terá de articular muitos apoios”, uma vez que um bloco de esquerda e centro-esquerda não será suficiente para garantir maioria na Câmara e no Senado. O presidente pedetista sinaliza, portanto, ter compreensão de que seu partido pode não ser contemplado na composição das pastas.
“Já falei para o Lula que temos de colocar como prioridade a consolidação dessa base de apoio, em cima de projetos, de programas, de compromissos democráticos e populares”, avalia Lupi, para quem Lula não terá “grande dificuldade” para conquistar o apoio de parlamentares do Centrão que, hoje, estão com Bolsonaro.
“Essas pessoas são bem pragmáticas. Tendo um governo que é sucesso e que pode dar a eles o que garanta sua base, com suas obras e os espaços políticos que acham necessários para manter seus votos, isso se compreende. Precisa só ter muito cuidado para isso não significar desvio de dinheiro público.”
Assista à íntegra da entrevista:
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