Política

O 8 de Janeiro será diferente, celebraremos a democracia renovada, diz Cappelli

“O que aconteceu naquele dia não voltará mais a acontecer”, disse o ministro em exercício da Justiça

Foto: Carl de Souza/AFP
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O ministro em exercício da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quinta-feira, 4 de janeiro, que os eventos de 8 de Janeiro de 2023 não se repetirão este ano. 

Às vésperas do aniversário da invasão dos prédios sedes dos Três Poderes em Brasília, o secretário destacou que reformas foram implementadas para assegurar que a data seja comemorada como uma celebração da democracia brasileira. 

Uma cerimônia está planejada para a data, contando com a presença do presidente Lula (PT), do chefe do Legislativo, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Judiciário, Luís Roberto Barroso.

Dentre as mudanças mencionadas pelo ministro, está a troca de comando na Polícia Federal. 

“Agora, contamos com um delegado da Polícia Federal honrado e comprometido com a democracia brasileira, que é o doutor Sandro Avelar, a quem presto minha homenagem”, declarou Cappelli. 

Em um discurso durante a cerimônia de entrega de veículos e equipamentos no Distrito Federal, o secretário elogiou a Polícia Militar local. 

“Quero expressar minha gratidão eterna a todos os homens e mulheres da PM do DF pelo apoio recebido durante os 23 dias de intervenção federal na segurança naqueles momentos desafiadores”, disse.

“Fala-se muito dos erros, mas pouco dos 44 policiais militares, homens e mulheres, que foram feridos na esplanada defendendo a democracia brasileira. Sempre tive e continuo a ter plena confiança na PM, uma força policial de excelência”, acrescentou. 

Cappelli também descreveu os atos bolsonaristas de 2023 como “inaceitáveis”. 

“O Brasil é um país livre e democrático, onde todos podem expressar suas preferências políticas e ideológicas como desejarem. Contudo, isso não pode ser confundido com tentativas de golpe de Estado, ataques aos Poderes ou vandalismo do patrimônio público e histórico”, afirmou. 

O ministro reforçou ainda que, devido às medidas adotadas pela sociedade e pelos Três Poderes, eventos como os de 8 de Janeiro não se repetirão no Brasil. 

“A postura adotada pelo presidente Lula, somada à nossa atuação unificada durante os 23 dias de intervenção, onde atuei como interventor nomeado pelo presidente, em conjunto com a governadora Celina e toda a equipe do Distrito Federal, representou uma ação decisiva que estabeleceu limites claros”, declarou. 

“A união imediata do presidente Lula com governadores e líderes dos Três Poderes foi um marco histórico. Deixou evidente que nenhuma diferença política se sobrepõe à Constituição da República. A atuação do STF também foi fundamental para estabelecer e manter limites claros”, concluiu. 

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