Política
O otimismo do governo sobre o placar para a aprovação de Dino no Senado
Na oposição, com exceção dos bolsonaristas mais carimbados, também não há margem razoável de dúvida sobre o triunfo da indicação
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Vice-líder do governo Lula (PT), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) estima que Flávio Dino já conta com 50 votos favoráveis à sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, até 13 de dezembro, data da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e da votação da indicação, será necessário buscar senadores da oposição dispostos ao diálogo.
A conta de Kajuru soa otimista. Reservadamente, outros governistas projetam um número superior ao mínimo de 41 votos necessários, mas inferior a 50. Na oposição, com exceção dos bolsonaristas mais carimbados, também não há margem razoável de dúvida sobre o triunfo de Dino na CCJ e no plenário.
Essa é a avaliação mesmo após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciar que seu partido é contrário à escolha de Lula. A bancada é significativa, com 11 representantes, o mesmo número do MDB. A maior legenda da Casa é o PSD, com 14 nomes.
A CartaCapital, Kajuru classifica como “ignorância” e “oposição ao País” a campanha contra Dino. Também diz que os 41 votos necessários para concretizar a indicação ao STF serão “facilmente conquistados”.
Para o vice-líder do governo, não é possível dialogar com alguns senadores da oposição, devido ao “radicalismo” deles. “Mas não generalizo. Tem muita gente sensata na oposição. O general Hamilton Mourão é um exemplo. Ele é opositor ao governo Lula, mas nunca opositor ao Brasil”, argumenta. Kajuru também citou Tereza Cristina (PP-AL) e Carlos Portinho (PL-RJ) como senadores dispostos a dialogar.
Até 13 de dezembro, reforça Kajuru, cada liderança do governo terá de fazer esforços para conquistar votos. O próprio candidato a ministro do Supremo deve também fazer sua parte. “Será uma luta, como tem sido.”
Integrante da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) também disse a CartaCapital não haver dúvida de que a indicação de Dino será aprovada, a despeito de um “momento turbulento”.
“Claro que a oposição fará o papel dela, uns com argumentos jurídicos, outros com contestações políticas. Mas nada que tire as condições dele”, afirmou.
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