Padilha defende cassação de Kataguiri após declaração sobre nazismo: ‘Não podemos passar pano’

'Se a Câmara tivesse feito o que deveria ser feito no dia que Bolsonaro fez apologia da tortura não teríamos um genocida no poder', afirmou

Os deputados Alexandre Padilha e Kim Kataguiri. Fotos: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

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O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) reforçou a posição da bancada do seu partido na Câmara que pediu a cassação de Kim Kataguiri (DEM-SP) no Conselho de Ética por uma declaração sobre o nazismo.

Em entrevista ao Flow Podcast na segunda-feira 7, Kataguiri afirmou que o regime não deveria ter sido criminalizado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Ao Direto da Redação, boletim diário de notícias no canal de CartaCapital no Youtube,?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> Padilha disse que a opinião do colega é “inadmissível”.

“Não podemos passar pano para atitudes e posturas como essa, pois o nazismo é uma ideologia que prega a supremacia de uma raça sobre a outra. Está no cerne do nazismo uma postura de defesa do extermínio de judeus, da população LGBT”, pontuou o petista.

O deputado também citou a posição do ex-apresentador do programa, conhecido como Monark, que defendeu a possibilidade da existência de um partido nazista no Brasil.

“É inadmissível qualquer tipo de naturalização de que uma ideologia de extermínio possa se organizar em um partido político”, acrescentou Padilha.


Para ele, a cassação do Kataguiri só virá com pressão da sociedade. “O Monark, por exemplo, foi demitido”.

De acordo com o parlamentar, a Câmara dos Deputados têm que se posicionar. “Se ela tivesse feito o que deveria ser feito no dia que Bolsonaro, dentro do Plenário, fez apologia da tortura talvez nós não teríamos um genocida no poder hoje”.

Na conversa, Padilha ainda disse que, caso não seja cassado, Kataguiri deve enfrentar uma rejeição do eleitorado. “A população não pode ser condizente com uma figura como essa”.

Assista a entrevista:

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