CartaExpressa

Pazuello muda versão do governo sobre quando soube do colapso em Manaus

O ministro da Saúde prestou depoimento sigiloso à Polícia Federal

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Nelson Almeida/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou à Polícia Federal que não soube do colapso no fornecimento de oxigênio a Manaus em 8 de janeiro, contrariando a versão apresentada pela Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira 26.

Em depoimento sigiloso à PF, no dia 4 de fevereiro, o general declarou que a data foi inserida por engano em uma manifestação oficial do governo em outro processo no STF, que trata da garantia da vacinação contra a Covid-19. O militar, no entanto, não apontou a data em que soube do colapso.

Porém, segundo manifestação do chefe da AGU, José Levi, o Ministério da Saúde ficou sabendo em 8 de janeiro da “crítica situação do esvaziamento de estoque de oxigênio em Manaus”.

Além disso, o próprio Pazuello havia dito, em 18 de janeiro, que soube da falta do insumo pela empresa White Martins, fornecedora na região.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.