Política
PDT vai ao TSE e pede quebra de sigilo de ‘campanha paralela’ a favor de Bolsonaro
O partido cobra a inelegibilidade do presidente ou a cassação do registro de candidatura
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O PDT, do presidenciável Ciro Gomes, acionou o Tribunal Superior Eleitoral contra uma “campanha paralela” de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). A sigla pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos representantes do movimento intitulado Casa da Pátria, ante a suspeita de caixa 2 e de abuso de poder econômico na campanha bolsonarista.
O caso veio à tona a partir de uma reportagem publicada pelo Estado de S.Paulo na terça-feira 27. Na lista de apoiadores do movimento, segundo o veículo, estão figuras como Robson Rodovalho, fundador do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política e presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil; Renê Terra Nova, do Ministério Internacional da Restauração; Wilton Acosta, pastor da Sara Nossa Terra e candidato a deputado federal pelo Republicanos de Mato Grosso do Sul; a Associação dos Parlamentares Evangélicos do Brasil; a Rede de Unidade das Igrejas; e o Movimento Conservador Cristão.
O objetivo do grupo, supostamente, é “fazer uma extensão da casa de cada pessoa num comitê”. A proposta seria planejar, criar e distribuir bandeiras, adesivos e outros materiais de Bolsonaro.
Na ação levada ao TSE, o PDT argumenta que a prática de caixa dois se configura porque “os recursos provenientes de fontes vedadas não foram dispostos na prestação de contas dos Investigados”.
O abuso econômico se demonstra, na avaliação do partido, pelo “uso desmedido de montantes financeiros que são provenientes de pessoas jurídicas (entidades religiosas) para impulsionar a campanha eleitoral paralela”, o que desequilibra “a normalidade e a legitimidade do pleito, bem como compromete a igualdade de oportunidades dos demais candidatos ao cargo de Presidente da República”.
A legenda pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Íconi Marketing, indicada como desenvolvedora do site da Casa da Pátria, e de entidades que apoiam o movimento: Fórum Evangélico Nacional de Ação e Política, Conselho Nacional dos Conselhos de Pastores do Brasil, Associação dos Parlamentares Evangélicos do Brasil e Movimento Conservador Cristão de Ação Social e Política.
Os pedetistas ainda cobram a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e de seu vice, Walter Braga Netto, “pela prática de abuso de poder econômico entrelaçada à prática de captação e gastos ilícitos com finalidade eleitoral”.
Em resposta ao Estadão, Renato Saito, coordenador do Casa da Pátria, alegou que o movimento é “popular, sem nenhum envolvimento de organização ou mentoria do presidente, ou de sua assessoria”. Também afirmou que “todo trabalho foi e é voluntário, sem nenhum vínculo comercial ou financeiro, seja em doação de dinheiro ou valores” e que “não houve a produção de nenhum material gráfico ou gastos com envio”.
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