PGR denuncia mais 139 por envolvimento no terrorismo bolsonarista em Brasília

Ao todo, o órgão já apresentou denúncias contra 835 pessoas, sendo 645 incitadores dos ataques golpistas

Registro dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Foto: Sergio Lima/AFP

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A Procuradoria-Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira 24, mais 139 pessoas presas em flagrante pelos atos de terrorismo de 8 de janeiro, em Brasília.

Os golpistas são acusados dos seguintes crimes:

  • associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • dano qualificado contra o patrimônio da União; e
  • deterioração de patrimônio tombado, com concurso de pessoas e concurso material.

As peças são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público Federal.

Ao todo, o órgão já denunciou 835 pessoas: 645 incitadores, 189 executores e um agente público por omissão. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moares.

O MPF sustenta que cada um dos 139 denunciados nesta terça “participou ativamente e concorreu com os demais agentes para a destruição dos móveis que ali se encontravam”.

“Todos gritavam palavras de ordem demonstrativas da intenção de deposição do governo legitimamente constituído”, dizem as denúncias. O objetivo, prossegue a PGR, era “implantar um governo militar, impedir o exercício dos Poderes Constitucionais e depor o governo legitimamente constituído e que havia tomado posse em 1º de janeiro de 2023”.


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