Política
Pinochet receberá homenagem na Alesp após pedido de deputado do PSL
Sessão solene ’em memória’ de ditador chileno foi pedida pelo deputado Frederico D’Ávila e está marcada para o dia 10 de dezembro
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) irá homenagear o ditador chileno Augusto Pinochet em decorrência do aniversário de falecimento do general, que se dá no dia 10 de dezembro.
O pedido de sessão solene foi feito pelo deputado Frederico D’Ávila, do PSL, e deve ocorrer das 18h às 22h no Auditório Paulo Kobayashi, segundo a agenda da Alesp.
Augusto Pinochet comandou o Chile entre 1973 e 1990, e esteve a frente do país no período da sangrenta ditadura chilena. Foi no governo dele, também, que medidas de austeridade neoliberais começaram a ser implementadas na América Latina.
O deputado apresenta-se como fruto da “força do setor da agricultura” e destaca em sua biografia o projeto de lei 92/2019, que visa instituir o Programa Cívico-Militar no ensino fundamental e médio da rede pública e privada em São Paulo.
Bolsonarista ávido nas redes sociais e ex-assessor do ex-governador Geraldo Alckimin, Ávila publicou no último dia 15 que não havia “nada para comemorar” em relação à Proclamação da República. “Dia do golpe”, escreveu.
Se estivéssemos na monarquia, corruptos travestidos de políticos dificilmente teriam espaço na nação. 15 de novembro: nada a comemorar. #monarquiaja #diadogolpe #monarquistas #monarquia #coroa #deputadofredericodavila
— FREDERICO D'AVILA (@DAVILAFREDERICO) November 15, 2019
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.