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Precisamos desesperadamente de um presidente do Brasil que não incendeie a Amazônia, diz vídeo do NY Times

A gravação reforça que entre Lula e Bolsonaro ‘só há uma escolha certa para o futuro da vida no planeta’

Foto: Reprodução/The New York Times
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O jornal norte-americano The New York Times publicou um vídeo opinativo nesta quinta-feira 27 no qual alerta para os riscos de uma eventual vitória de Jair Bolsonaro (PL) sobre Lula (PT) no segundo turno.

A gravação, de autoria de Agnes Walton e Alessandra Orofino, conta com a participação da ativista indígena Txai Suruí, que denunciou a devastação ambiental sob o governo Bolsonaro durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Glasgow, na Escócia.

“Para muitos brasileiros, esta é uma eleição dolorosa entre dois candidatos bastante falhos. Mas, para o futuro da vida humana neste planeta, há apenas uma escolha certa”, diz a publicação.

No vídeo, Txai Suruí afirma que “um candidato quer salvar a Amazônia e o outro quer queimá-la”. Ela reforça que um triunfo de Bolsonaro representaria uma ameaça não só ao Brasil, mas ao mundo.

A gravação lembra algumas das ocasiões em que Bolsonaro minimizou a importância de combater a devastação do meio ambiente – ao afirmar, por exemplo, que “o desenvolvimento estará acima de tudo”. Também recorda a guerra deflagrada pelo ex-capitão contra órgãos de controle, como o Ibama e o ICMBio, e sua reiterada postura de ignorar os alertas de desmatamento.

Segundo a peça de opinião, a elite do agronegócio “ama” Bolsonaro devido a essa agenda, pois fatura bilhões às custas da sobrevivência da Floresta Amazônica.

Lula, por outro lado, promoveu “um plano agressivo para salvar a Floresta Amazônica” e chefiou governos que “criaram áreas de conservação maiores que todo o Reino Unido, aplicaram bilhões em multas ambientais e inventaram um satélite que Bolsonaro tem ignorado”.

O encerramento do vídeo aponta que os ativistas ambientais brasileiros “estão se esforçando ao máximo para salvar a Floresta de que a civilização mundial depende, e todos nós precisamos desesperadamente de um presidente que não a incendeie”.

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