Política

“Principal responsável” por queda do PT, Cunha defende Lula candidato

Em carta da prisão, o ex-presidente da Câmara diz ser um “defensor da democracia” e afirma que quem deve julgar o petista é a população

Cunha classificou-se como um "troféu da República de Curitiba", assim como Lula
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Além de obter uma liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU em favor de sua candidatura, Lula acaba de ganhar um inusitado apoio para disputar as eleições: do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Em carta escrita da prisão, Cunha admite ser o “principal responsável”  pela queda do PT, mas, “como defensor da democracia”, diz acreditar “que Lula tem direito de ser candidato, pois quem deve julgá-lo é a população”.

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“Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar”, escreve Cunha em carta.

A carta foi publicada no perfil oficial de Eduardo Cunha no Facebook, em que ele divulga a candidatura de sua filha, Danielle Cunha, a deputada federal. Na missiva, Cunha diz ser vítima de perseguição e, assim como ex-presidente Lula, é “um troféu político da República de Curitiba”.

O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos de prisão por Sérgio Moro pelos crimes de crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas. Ele foi declarado culpado por ter recebido valores de propina em meio à compra, pela Petrobrás, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África.

Na carta, Cunha também pede para ser absolvido da mesma forma que a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT. A parlamentar foi inocentada de acusacão de corrupção pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal.

“Basta ver o julgamento da ação penal da senadora Gleisi Hoffman para verificar que, seguindo a jurisprudência criada por voto unânime da segunda Turma do STF, meu caso é de total absolvição. Mas meu recurso sequer teve o julgamento concluído na segunda instância, onde falta julgar os embargos infringentes”, protestou o ex-deputado.

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