O Partido Social Liberal (PSL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, pretende implementar um sistema eletrônico para triagem ideológica dos interessados em ocupar posições de destaque no grupo político, informa a Folha de S. Paulo neste sábado 17.
Segundo o jornal, o objetivo é evitar que pessoas antes ligadas a partidos de esquerda sejam candidatos ou assumam diretórios regionais da legenda. A triagem, no entanto, não impedirá que pessoas com esse passado político consigam sua filiação ao PSL.
Atualmente, entre os 271 mil filiados do PSL, cerca de 10,6 mil (4% do total) já estiveram em partidos do campo progressista como PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, PCB, PSTU e PCO, segundo levantamento recente da Folha com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, o novo compliance do partido (série de procedimentos e normas para assegurar conduta ética, comum no mundo corporativo) também pretende barrar novos filiados, pré-candidatos e dirigentes partidários condenados em segunda instância por estelionato, latrocínio, pedofilia, assédio sexual ou agressão à mulher.
A expectativa do PSL é que este novo método seja implementado nos próximos 15 dias.
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