PSOL abre mão de candidatura própria para apoiar PT na disputa pela prefeitura de Porto Alegre

Presidenta do PT no município lembrou que o partido jamais ganhou uma eleição na cidade após dissidência do PSOL

Luciana Genro, Maria do Rosário e a vice Tamyres Filgueira ao centro, durante evento em janeiro para construção da candidatura - Foto: Pitta Klein/Divulgação

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Pela primeira vez na história das eleições para a prefeitura de Porto Alegre, o PSOL não terá candidatura própria e apoiará o PT. Assim, a deputada estadual e presidenta do partido no estado, Luciana Genro, irá respaldar o nome da também deputada federal Maria do Rosário, já lançada pelo PT local.

O anúncio oficial está previsto para o próximo sábado (2) durante encontro do diretório municipal do PSOL.

Na composição, a candidatura à vice caberá ao PSOL que deverá indicar a militante do movimento negro Tamyres Filgueira. Ela era a companheira de Luciana Genro na chapa da legenda.

O fato reafirma a aproximação das duas siglas nos últimos anos. Já em 2022, nas eleições para o governo estadual, PT e PSOL integraram a mesma frente. O petista Edegar Pretto concorreu ao Palácio Piratini com o vereador do PSOL Pedro Ruas como vice. Na corrida para o Senado, o suplente de Olívio Dutra (PT) foi o vereador psolista Roberto Robaina.

Antes, em 2020, PT e PSOL estiveram juntos, mas apenas no segundo turno em torno da candidatura de Manuela d`Ávila (PCdoB).

A construção de uma chapa única para enfrentar o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) foi costurada desde o ano passado. A expectativa é de que, além do PCdoB, outras legendas unam-se à proposta, como a Rede e o PV. No campo da centro-esquerda, existem ainda conversas com o PDT e o PSB.

Para destacar a importância da decisão, a presidenta municipal do PT, deputada estadual Laura Sito, lembrou que desde que PT e PSOL separaram-se os petistas não mais conquistaram a prefeitura da Capital.

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