Política
Quem é a suplente que deve assumir por quase 8 anos a vaga de Dino no Senado
Ana Paula Lobato ganhará uma vaga fixa na Casa Alta até 2030 caso o atual ministro da Justiça e Segurança Pública tenha o nome aprovado para o Supremo
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/11/CAPA-para-matéria-1064-×-614-px-17-1.png)
A senadora Ana Paula Lobato (PSB), primeira suplente de Flávio Dino, ganhará uma vaga fixa na Casa Alta até 2030 caso o atual ministro da Justiça e Segurança Pública tenha o nome aprovado para o Supremo Tribunal Federal. Ela foi empossada no cargo assim que Lula (PT) escolheu o ex-governador do Maranhão para comandar a pasta.
O nome de Dino ainda precisa ser avalizado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário. O cargo de ministro do STF é vitalício, com a aposentadoria compulsória aos 75 anos – ao 55 anos, ele poderia permanecer no cargo até 2043.
Natural de Pinheiro (a 87 km de São Luís, capital do estado), Ana Paula Lobato tem 39 anos, é formada em enfermagem e atua no ramo de aluguel de equipamentos e comércio de máquinas para construção. Ingressou na política em 2011 pelo PPS (atual Cidadania). Três anos depois, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, sem sucesso.
Em 2016, a enfermeira migrou para o PDT para disputar o cargo de vice-prefeita na sua cidade natal. A vitória só veio em 2020, quando ela concorreu e venceu como vice de Luciano Genésio (PP).
Também chegou a assumir a prefeitura após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região afastar o chefe do Executivo local, em 2022. Genésio e outras seis pessoas são investigados, dentre outros crimes, por lavagem de capitais e organização criminosa entre 2017 e 2021.
Ana Paula filou-se ao PSB no ano passado, legenda pela qual concorreu a suplente do atual ministro da Justiça. No começo do ano, precisou se licenciar do cargo na prefeitura de Pinheiro para ocupar a vaga na Casa Alta, se tornando senadora mais jovem do País.
Atualmente ela ocupa a vice-liderança da sigla no Senado e já ficou à frente da relatoria de projetos de lei sobre pautas econômicas, sociais e previdenciárias. Um deles tenta ampliar a criminalização por injúria a outros preconceitos, como por origem e gênero.
A senadora tem três filhos e é casada com o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), e preside o Grupo de Esposas de Deputados do estado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.