Política
Quem são eleitores que mais aprovam o governo Lula, segundo a Quaest
Apesar do recuo de três pontos percentuais na avaliação geral, o presidente se mantém com boa avaliação para a maioria do eleitorado
A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está concentrada em dois grupos eleitorais importantes: os moradores da região Nordeste, onde ele soma 68% de aprovação, e entre a população que ganha até dois salários mínimos, com 61%.
É o que mostra o levantamento realizado pela Genial/Quaest, divulgado nesta quarta-feira 6.
A avaliação positiva reflete a polarização entre os brasileiros e a estabilidade na popularidade do petista apenas em segmentos específicos do seu reduto eleitoral.
Em todo o País, 51% dos brasileiros aprovam o trabalho do presidente, enquanto outros 46% desaprovam.
A região Nordeste, por exemplo, foi onde Lula concentrou o maior número de votos nas eleições de 2022, cerca de 69,34%.
Desde o início do seu terceiro mandato, a avaliação da popularidade do presidente na região, segundo pesquisas do instituto, oscila de 71% a 68%.
Em um ano, Lula lançou alguns projetos importantes na região, como programa de 1,75 bilhão para iniciativas climáticas no semiárido do Nordeste, a retomada de obras da Petrobras e o lançamento do ITA em Fortaleza (CE).
Entre os eleitores do Centro-Oeste e Norte também pode ser observado pouca mudança, com variação do índice de aprovação entre 47% a 50%.
Por renda salarial, a aprovação entre a população que ganha até dois salários mínimos variou em um ano entre 68% a 60% de aprovação. O que também representa um perfil do seu maior eleitorado.
No entanto, mesmo registrando maiores índices de desaprovação, o grupo de quem ganha mais de cinco salários mínimos registrou um pequeno crescimento de aprovação em dois pontos percentuais, se comparado com a edição anterior da pesquisa.
A manutenção da aprovação também pode ser observada entre o eleitorado católico do presidente, que ficou com 58% das avaliações positivas.
Já considerando o nível de escolaridade, a aprovação mais significativa permanece entre quem possui até o Ensino Fundamental.
As mulheres e pessoas pretas representam o maior índice de aprovação em gênero e raça, com 51% e 58%, respectivamente. Mas ambos apresentam tendência de queda.
O único segmento que sai do perfil do eleitorado petista é o crescimento significativo de aprovação entre as pessoas com 60 anos ou mais.
Em todo o histórico do levantamento a desaprovação nesse grupo, nunca superou o nível de avaliação positiva, que agora está em 61%.
O levantamento conta com 2 mil entrevistas presenciais, realizadas entre os dias 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro geral é de 2,2 pontos percentuais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.