Quem são os suspeitos de participação em trama golpista que ficaram em silêncio para a PF

Nesta sexta-feira 15, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de 27 depoimentos

Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Mais da metade das pessoas que foram depor à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a suposta trama golpista no governo Bolsonaro (PL) ficou calada frente aos investigadores.

Nesta sexta-feira 15, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, derrubou o sigilo dos depoimentos de militares e civis envolvidos no caso. 

Dos 27 depoentes revelados, 14 ficaram em silêncio. Entre os que se negaram a responder à PF, está Bolsonaro.

Além do ex-presidente, Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (ex-Defesa), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-capitão do Exército) e Felipe Martins Pereira (ex-assessor de Bolsonaro) ficaram em silêncio.

Os seguintes nomes ligados ao Exército também evitaram responder aos questionamentos: Angelo Martins Denicoli (major), Helio Ferreira Lima (tenente-coronel), Marcelo Costa Câmara (coronel), Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel) e Ronald Ferreira de Araujo Junior (coronel).

Por fim, Amauri Feres Saad, advogado que os investigadores consideram como sendo um dos mentores intelectuais da minuta golpista, também ficou em silêncio; bem como Mario Fernandes (ministro substituto da Secretaria-Geral) e José Eduardo de Oliveira Silva, padre suspeito de ter participado da reunião em que, segundo os investigadores, o núcleo do governo anterior teria discutido um plano de golpe.


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