Política

Ramagem diz ter sido intimado a depor sobre a ‘Abin paralela’; PF também ouvirá Heleno

O deputado federal, ex-diretor da agência, se encontrou nesta quarta com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, afirmou nesta quarta-feira 31 ter sido intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento sobre as suspeitas de um esquema de monitoramento ilegal na Abin.

“Fui finalmente intimado para o final de fevereiro. No mandado de busca eu não tive intimação. Até [falei]: vamos ao interrogatório. ‘Não, não tem intimação, vai ser posterior’. Diferente do que a imprensa noticiou”, disse o bosloanrista. “Só fui intimado agora.”

Ramagem se encontrou nesta quarta com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas não detalhou a pauta da conversa.

Na terça 30, a PF também intimou a depor o general da reserva do Exército Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Até o início de 2023, a Abin era subordinada ao GSI.

As oitivas ocorrerão após duas operações deflagradas para apurar os indícios de espionagem irregular.

Na última segunda 29, o alvo foi o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos). O filho 02 de Jair Bolsonaro foi retratado pela PF como integrante do chamado “núcleo político” do suposto esquema na Abin.

A ação contra Carlos foi um desdobramento das diligências cumpridas em 25 de janeiro contra Ramagem, chefe da Abin entre 2019 e 2022. Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

O esquema sob investigação serviria para monitorar desafetos do governo Bolsonaro, a partir de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis – sem autorização judicial.

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