Política

Relatora da CPMI do 8 de Janeiro pede acareação entre Bolsonaro e Mauro Cid

Cabe ao presidente da comissão, o deputado Arthur Maia (União-BA), pautar a votação do requerimento

A senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI do 8 de Janeiro. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu oficialmente nesta quinta-feira 14 uma acareação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid.

O objetivo, segundo o requerimento, é identificar a ligação entre Cid e os atos golpistas na capital federal. “Aparentemente, tal vinculação não se deu por motu proprio, mas no estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas”, diz o texto.

“Este Colegiado precisa se debruçar sobre a verdade dos fatos atinentes à ajudância de ordens, sobretudo dentro do contexto recente de fechamento de um acordo de colaboração premiada entre a Polícia Federal e o Senhor Mauro Cid, já devidamente homologado pelo Supremo Tribunal Federal”, completa Gama.

Para que a acareação ocorra, o requerimento tem de ser chancelado pela maioria dos integrantes da CPMI. A decisão sobre pautar a votação do documento cabe ao presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (União-BA).

No último sábado 9, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e homologou o acordo de delação premiada firmado pela Polícia Federal com o militar.

Cid estava preso desde maio, sob suspeita de envolvimento em uma suposta fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19, inclusive o de Bolsonaro. A situação do tenente-coronel se complicou ainda mais com a operação deflagrada pela PF para apurar o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo do ex-capitão. A conspiração golpista de 2022 também ajuda a emparedar Cid no Poder Judiciário.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo